26 de junho de 2014

Ver e ser visto torna o trânsito mais seguro

Regra vale para todos, sejam motoristas, motociclistas, ciclistas ou pedestres.

Assessoria de Imprensa Perkons
Mariana Simino

Acidentes de trânsito podem ser provocados pela falta de visibilidade do motorista. O que mostra que trafegar em segurança depende muito da capacidade do condutor ver o que está à sua volta e também de ser visto pelos demais.

O retrovisor central deve ser ajustado para visualizar o máximo possível do vidro traseiro e os retrovisores laterais posicionados de forma que seja visto o mínimo possível da lateral do veículo.
Crédito: Schutterstock
A visão é responsável por 90% das informações necessárias para uma direção segura, de acordo com publicação do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), e diversos fatores podem interferir na visibilidade do condutor, como luminosidade, cores, condições climáticas, horário, tipo de veículo, películas ou adesivos nos vidros e objetos que tapem o vidro traseiro. Segundo o diretor da Perkons, empresa especializada em gestão de trânsito, Luiz Gustavo Campos, no caso da luz, por exemplo, tanto a intensidade quanto a variação podem afetar a capacidade de ver. “Vias bem iluminadas e veículos com o sistema de iluminação em perfeitas condições trazem mais visibilidade e segurança ao motorista”, observa Campos.

Ao realizar uma manobra ou a mudança de faixa, é possível que o condutor se surpreenda com o aparecimento de outro veículo que, até então, não estava em seu campo de visão, o chamado ponto cego. De acordo com o especialista do Cesvi Brasil, Emerson Farias, todos os veículos possuem áreas que dificultam a visibilidade, mesmo através dos espelhos.

Os automóveis possuem quatro zonas de pontos cegos: frontal, traseira e as laterais, que podem ser causadas por colunas de sustentação do teto; encostos de cabeça traseiros; luz de freios junto ao vidro traseiro; limpadores dos vidros traseiros; aerofólio; objetos colocados no tampão traseiro; e adesivos colados no vidro traseiro.

A recomendação do especialista para melhorar a visibilidade é realizar as regulagens dos espelhos retrovisores - tanto do central, como dos laterais - para reduzir ao máximo os pontos cegos do veículo. “É indicado que o retrovisor central permita visualizar o máximo possível do vidro traseiro e que os retrovisores laterais estejam posicionados de forma que seja vista o mínimo possível da lateral do veículo”, explica Farias.

Os cuidados também devem ser tomados com as luzes de indicações. A utilização do pisca alerta, por exemplo, deve acontecer somente quando o veículo estiver parado. Em caso de neblina, é necessário reduzir a velocidade, acender a luz baixa e o farol de neblina. Utilizar-se do farol alto apenas em situações com pouca iluminação e quando não há outros veículos transitando no local, já que pode reduzir a visibilidade do condutor de outro automóvel.

Compare o índice de visibilidade
de alguns modelos
O Cesvi Brasil elaborou um ranking que avalia e compara a visibilidade que os veículos proporcionam ao motorista. Esse estudo é chamado de índice de visibilidade e está disponível para consulta no site do CESVI.
Os motociclistas devem ter cuidados especiais. As motos são pequenas e seus condutores têm o hábito de circular entre as faixas e bem próximas aos veículos, com isso se escondem nos pontos cegos. “É imprescindível que os motoristas olhem antes de mudar de faixa e os motociclistas devem circular afastados dos veículos”, alerta o diretor da Perkons. Já os caminhões e ônibus têm amplas áreas de pontos cegos, devido às grandes dimensões. Os outros veículos devem evitar circular muito próximos a eles, especialmente na lateral direita. A dica de Campos é: se você enxergar o rosto do caminhoneiro ao olhar no retrovisor do caminhão, significa que se você o vê bem, ele também te vê.

Objetos refletores são alternativas para ciclistas e pedestres

Pedestres e ciclistas são mais frágeis e difíceis de serem visualizados, especialmente durante a noite. O uso de objetos refletores na bicicleta ou na roupa ajuda a melhorar a visibilidade. Sinalizar as intenções também é importante para manter a segurança do ciclista. Já aos pedestres é indicado evitar cruzar as ruas em locais que dificultem a sua visualização, como atrás de árvores, postes ou outros veículos.

O corretor de seguros Guilherme Schneider Gleich utiliza capacete, luvas e lanternas na bicicleta
Crédito: Karina Trzeciak
Alguns países europeus, os Estados Unidos e o Canadá recomendam e/ou exigem que os pedestres que trafegam à noite usem refletores na roupa. Na cidade Calgary, em Alberta, no Canadá, há a  campanha "Look out for each other" (“Estejam atentos uns aos outros”) com o objetivo de mostrar a importância de ser visto com antecedência.

O corretor de seguros Guilherme Schneider Gleich, é ciclista há 16 anos e sempre teve preocupação com a segurança. Quando criança, ele viajava com seus pais, quase todo fim de semana, para conhecer o litoral sul do país de bicicleta. Na época, os equipamentos eram bem mais caros e apenas ciclistas profissionais tinham o costume de usá-los. “Adaptávamos equipamentos de motocicleta, como o retrovisor, pois os disponíveis nas lojas eram pequenos e não proporcionavam uma visibilidade adequada. Parecíamos ‘ETs’ usando capacetes, luvas e lanternas nas bicicletas”, recorda.

Hoje, a bicicleta do corretor é equipada com diversos tipos de luzes. Além disso, ele usa roupas coloridas e capacetes com refletores nos passeios. “Minha bike parece um carro alegórico de carnaval. Tenho o costume de manter ligadas as luzes durante dias ensolarados também, pois dá a garantia de ser visto no trânsito e, assim, tornar o trajeto mais seguro”, afirma.

Para bicicletas, o inciso VI artigo 105 do CTB exige espelho retrovisor do lado esquerdo, campainha e sinalização noturna composta de retrorrefletores.

Fonte:  http://www.perkons.com.br/noticia/1526/ver-e-ser-visto-torna-o-transito-mais-seguro - Acesso em 17/06/2014

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