4 de outubro de 2014

Semana Nacional de Trânsito (2014), em São José

Caminhada pela Paz abre a Semana Nacional do Trânsito em São José

Os alunos do Colégio Municipal Maria Luiza de Melo participaram da Caminhada pela Paz
Os alunos do Colégio Municipal Maria Luiza de Melo participaram da Caminhada pela Paz, na abertura da Semana Nacional do Trânsito em São José
Uma Caminhada pela Paz, nesta quinta-feira (18) pela manhã, abriu a programação da Semana Nacional do Trânsito em São José. Durante o ato, alunos do Colégio Municipal Maria Luiza de Melo chamaram a atenção para o tema “Cidade para Pessoas: Segurança e Prioridade para o Pedestre”. Para conscientizar a comunidade sobre a campanha, a Guarda Municipal de São José montou uma programação com atividades que se estendem até o dia 25 de setembro.
Na abertura, os estudantes da oitava série do Ensino Fundamental caminharam até Avenida Lédio João Martins, a Central do Kobrasol, onde ficaram concentrados enquanto a agente Ângela Belter, do Setor de Educação de Trânsito da GMSJ, explicava a importância de repensar o trânsito de forma segura e acessível para todos. “Precisamos priorizar a circulação das pessoas nas ruas, abrir espaço para que a cidade seja pensada para todos e não apenas para quem utiliza carros e motos”, defendeu.
A agente Ângela Belter, do Setor de Educação de Trânsito da GMSJ, destacou cuidados como Atravessar na faixa de segurança, aguardar na calçada, olhar sempre para os dois lados e respeitar a sinalização
A agente Ângela Belter, do Setor de Educação de Trânsito da GMSJ, destacou cuidados como Atravessar na faixa de segurança, aguardar na calçada, olhar sempre para os dois lados e respeitar a sinalização
Atualmente, São José está 43º lugar no ranking nacional de cidades com mais mortes no trânsito, estatística que também leva em consideração acidentes nas BRs. “Por isso, estamos conscientizando para que todos adotem comportamentos seguros. Esses alunos serão futuros motoristas e precisam formar uma visão nova sobre o trânsito”, destacou Ângela. Neste sentido, a Organização das Nações Unidas (ONU) está promovendo, também, uma campanha para a redução de vítimas. A intenção é que, em 10 anos, os números de acidentes reduzam em 50%.
Os moradores apoiaram a ação e, alguns, até arriscaram bater palma para os estudantes que caminharam pelas ruas do bairro Kobrasol. “Achei interessantes, porque precisamos ter nossos direitos respeitados. A falta de respeito no trânsito está grande”, afirmou Leandro de Oliveira Bittencourt. O ato também teve a participação de educadores e servidores que acompanharam os estudantes durante todo o trajeto. “Os motoristas estavam sem paciência e pude experimentar um pouco do que os guardas enfrentam todos os dias no trânsito”, considerou Isolete de Souza, que trabalha na escola.
Este ano, a campanha da Semana Nacional do Trânsito tem como tema "Cidade para Pessoas: Segurança e Prioridade para o Pedestre"
Este ano, a campanha da Semana Nacional do Trânsito tem como tema “Cidade para Pessoas: Segurança e Prioridade para o Pedestre”
Atravessar na faixa de segurança, aguardar na calçada, olhar sempre para os dois lados e respeitar a sinalização dos semáforos, são algumas das orientações repassadas pelos guardas municipais aos cidadãos. “É sempre importante redobrar a atenção e aguardar o momento seguro para atravessar”, reforçou a guarda municipal Ângela.   
“Os pedestres precisam conhecer bem os seus direitos e deveres, para que eles sejam respeitados”, concluiu Laura Pacheco, aluna da oitava série do ensino fundamental. Para ela, é muito importante aprender agora para, no futuro, ter uma consciência do que é mais importante no trânsito.
Fotos












22 de julho de 2014

Tema da Semana Nacional de Trânsito do ano de 2014.



O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) aprovou o tema da Semana Nacional de Trânsito do ano de 2014: “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre”.

Prevista na Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro, a Semana Nacional de Trânsito, a Semana Nacional é comemorada entre os dias 18 e 25 de setembro, com a finalidade de conscientizar a sociedade, com vistas à internalização de valores que contribuam para a criação de um ambiente favorável ao atendimento de seu compromisso com a "valorização da vida" focando o desenvolvimento de valores, posturas e atitudes, no sentido de garantir o direito de ir e vir dos cidadãos.

A Semana deve ter uma abrangência nacional e mostrar a mudança de postura de toda a sociedade no esforço para a redução de acidentes.

O tema não deverá ter a proposta de abordagem simplista que fale da faixa de pedestres, semáforos, etc. É algo bem mais audacioso e que pretende ampliar o conceito de segurança dos mais vulneráveis. A escolha do tema, por sugestão da Câmara Temática de Educação para o Trânsito e Cidadania do CONTRAN, faz alusão a necessidade de um amplo debate sobre a legislação que contemplam questões essenciais para a mobilidade urbana sustentável, segura e acessível, priorizando a circulação dos pedestres em face da estrutura viária historicamente voltada à circulação de veículos automotores.

A escolha do tema faz alusão, em princípio, ao artigo 29, XII, §2º do Código de Trânsito Brasileiro, segundo o qual: “Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres”, e se expande para além do trânsito em stricto sensu, uma vez que visa alertar as autoridades para a necessidade de repensar o espaço urbano, tendo como preocupação a mobilidade do pedestre, uma vez que o meio ambiente influencia diretamente para evitar ou proporcionar acidentes de trânsito envolvendo esses usuários da via.

Fonte:

A Cidade e os Pedestres

Irene Rios

Penso que uma cidade é construída sobre relações humanas, gente se encontrando, e, entre outras coisas, o amor incrementaria as próprias coisas que são desejáveis numa cidade.
James Hillman

As palavras de Hillman (1993, p. 42) indicam a importância das relações humanas e de amor para o desenvolvimento da cidade. Essa relação de amor pelo próximo e pela cidade envolve todos que partilham o mesmo espaço nas vias, ou seja, motoristas, pedestres e ciclistas. Exige, segundo Duarte Jr., um compromisso social.

Dessa relação, portanto, emerge em nós um sentimento de instalação no mundo e de compromisso social, não só com o próximo, a partilhar o mesmo espaço, mas também com o nosso ambiente e as coisas que o preenchem. Passear pela paisagem urbana se mostra, pois, fundamental para a constituição de uma realidade estável, sensível e acolhedora, uma realidade com a qual nos identificamos e pela qual nos sentimos um pouco responsáveis. (DUARTE JR., 2001, p. 85).

            O autor argumenta que somos responsáveis pela realidade do nosso ambiente e que passear pela cidade é fundamental para tornar essa realidade estável, sensível e acolhedora. Esse “passear” refere-se ao ato de caminhar, de transitar pela cidade a pé, a maneira mais antiga e natural que existe para a realização de um deslocamento. No dia-a-dia das grandes cidades, com o aumento de calçadões e da distância dos estacionamentos, mesmo que estejamos nos locomovendo por meio de veículo motorizado, na maioria das viagens, precisamos também caminhar. Contudo, esse caminhar, muitas vezes, é individualista e sem compromisso com o próximo e com a cidade. Duarte Jr. (2001, p. 84) destaca que, para os habitantes de nossas cheias metrópoles, “[...] o andar significa tão-só uma ação mecânica que os conduz de um ponto a outro, a transposição de uma distância que não pode ser vencida com o concurso de máquinas ou equipamentos”.
            A falta de compromisso social induz as pessoas a não se enxergarem como solução para os problemas no trânsito. Podemos conferir este ponto de vista dos cidadãos na pesquisa realizada pelo Ministério das Cidades.

Pesquisas do Ministério das Cidades indicam que a atitude normal das pessoas é culpar os demais pelos problemas no trânsito. De acordo com as 2.000 entrevistas, 3 em cada  4 brasileiros se enxergam como solução, em vez de problema no trânsito. E consideram não ser necessário mudar suas atitudes.
Observa-se que a maioria dos problemas é atribuída às práticas dos “outros” e quase nunca à própria conduta ao volante, nas ruas e calçadas. Apenas quando indagados de forma objetiva sobre certas atitudes (como o uso do cinto no banco traseiro, o respeito aos limites de velocidade, a preocupação em beber e dirigir, o uso da faixa de pedestre, etc.) é que alguns reconhecem falhas e passam a se ver mais como problema do que como solução.
Apenas os motoristas de carro veem em seus iguais o “principal adversário”. Ciclistas e motociclistas acham que a culpa costuma ser dos motoristas de carro. Já os motoristas profissionais culpam os ciclistas. (BRASIL, 2011).

Com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a necessidade de mudança de atitude das pessoas no trânsito, para torná-lo um espaço de convivência mais pacífico e seguro, o Ministério das Cidades, em parceria com o Denatran, promoveu, em julho de 2011, a Campanha Pedestre. “Pare, pense, mude”. O planejamento dessa campanha iniciou com uma pesquisa sobre a percepção das pessoas em relação aos problemas no trânsito (o resultado está na citação anterior). Essa é a metodologia recomendada na resolução 314 do Contran (BRASIL, 2009).
O lema da campanha é: “O trânsito só muda quando a gente muda”. A veiculação da campanha foi por meio de comerciais veiculados nas TVs, nos rádios, nos anúncios em revistas e na Internet e nas redes sociais. Ela foi divulgada, também, em espaços exteriores de grande circulação de pessoas e veículos, por meio de mensagens educativas nos postos de gasolina, pedágios, paradas de ônibus, para-brisas de taxis e ônibus e outdoors em avenidas e estradas para orientar os motoristas que saíram de férias.
            Faz parte dessa campanha, o vídeo, com duração de 15 segundos, contendo a representação de uma entrevista realizada com uma senhora idosa.

Vídeo - Pedestre. "Pare, pense, mude"



O repórter pergunta à senhora que está atravessando a rua: “O que você faria para melhorar o trânsito?”. Ela responde: “Ah! Tá tudo errado, os motoristas não enxergam mais a gente”. Então, o repórter questiona: “O que mudaria em você para melhorar o trânsito?”. A senhora responde, olhando a sua volta: “Ai, que vergonha! Eu tô fora da faixa! Você não vai passar isso não, né?”. Na sequência, aparece a legenda e o áudio com os seguintes dizeres: “O Trânsito só muda quando a gente muda”. O filme encerra com a imagem e o áudio do lema da campanha: “Pare! Pense! Mude!”. Esse vídeo, por provocar graça, devido à reação da entrevistada ao perceber que estava fora da faixa, possui o estilo cômico.
Essa campanha proporciona a reflexão sobre dois importantes aspectos: o primeiro refere-se às dificuldades enfrentadas pelos idosos ao caminhar pelas vias, principalmente ao atravessar as ruas. Segundo Wold:

Atravessar a rua é um problema significativo para pedestres idosos. Um estudo revelou que apenas 1% dos idosos independentes acima dos 72 anos é capaz de atravessar a rua no tempo determinado pelo sinal de pedestres. Ainda que a incidência de acidentes nesse caso seja baixa, o risco de ferimentos graves é alto. (WOLD, 2013, p. 379).

            A dificuldade de locomoção das pessoas idosas, aliada à pressa e à falta de respeito dos motoristas, faz com que os idosos sintam-se muito inseguros quando vão atravessar a rua.
            O segundo aspecto percebido no vídeo é a atitude da idosa, que reclamava da falta de respeito no trânsito, mas também não estava respeitando a sinalização. Esse aspecto foi percebido por diversos estudantes da Educação de Jovens e Adultos – EJA – do Ensino Médio, sujeitos de uma pesquisa que realizei sobre a percepção sensível relacionada às campanhas educativas para o trânsito. Os sujeitos observaram que:

“A senhora queria os direitos dela no trânsito, mas nem ela respeita as leis.” (Sujeito 8).

“Uma senhora reclamando do trânsito, mas esquecendo que a mudança tem que começar por nós mesmos, pois ela estava cometendo uma infração.” (Sujeito 16).

“As pessoas cobram dos outros, mas não se cobram a si mesmo...” (Sujeito 19).

A atitude da idosa pode ser comparada a atitude da esposa, personagem da parábola Os Lençóis da Vizinha.

Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido a tudo escutava, calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês, a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos e, toda empolgada, foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas! Será que a outra vizinha a ensinou? Porque eu não fiz nada!
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! (Autor desconhecido)

A esposa critica a vizinha sem perceber que era ela que estava errada. No caso da idosa, ela critica os motoristas sem se dar conta que também está agindo incorretamente, atravessando a rua fora da faixa de pedestres.
            O comportamento da senhora idosa sensibilizou os sujeitos da pesquisa, entre as manifestações de sentimentos. Vale destacar o comentário do Sujeito 3: “Senti um pouco de culpa, pois a gente sabe que é errado e atravessa a rua fora da faixa de pedestres.” Muitas pessoas são imprudentes conscientemente, ou seja, sabem que estão erradas, mas fazem. Por que agem assim? Por que se comportam como homens bárbaros?
Conforme Schiller (1995, p. 33), o homem pode ser selvagem, “quando seus sentimentos imperam sobre seus princípios”, ou bárbaro, “quando seus princípios destroem seus sentimentos”. O autor argumenta, no entanto, que há também o homem cultivado, aquele que “faz da natureza uma amiga e honra sua liberdade, na medida em que apenas põe rédeas a seu arbítrio” (SCHILLER, 1995, p. 33).
Podemos deduzir, pelo pensamento de Schiller, que, no trânsito, convivemos com o cidadão selvagem, aquele que não conhece as leis e a maneira correta e segura de transitar e deixa-se levar pelo impulso e pelos sentimentos; com o cidadão bárbaro, aquele que tem conhecimento sobre as leis e às regras de segurança no trânsito, mas age com base em seus princípios, com imprudência e sem obedecer às leis; e com o cidadãocultivado, aquele que é sensível, controla sua liberdade e, consequentemente, é educado e prudente no trânsito.
            Assim sendo, talvez as pessoas que agem como homens bárbaros no trânsito o fazem porque estão dando mais atenção aos seus princípios, do que aos seus sentimentos. São pessoas que não controlam seu livre-arbítrio e cometem todo tipo de infração. É possível que tais atitudes estejam relacionadas aos valores profundamente enraizados. Sobre esse assunto, Pinto explica que:

Os esforços para mudar os valores profundamente enraizados estão entre as causas mais difíceis de serem levadas a efeito. O sentido de identidade e bem-estar de um indivíduo está enraizado em seus valores básicos. Seus valores básicos orientam suas percepções e escolhas sociais, morais e intelectuais. A intromissão da dissonância em seu conjunto de valores criará um intenso constrangimento e stress. Ele procurará evitar as informações dissonantes, ou irá desprezá-las pela racionalização, ou as colocará de lado para que não afetem seus próprios valores. O sistema psicológico humano resiste à informação que o desoriente. (PINTO, 2002, p. 22).
           
Pelo visto, a tarefa da educação para o trânsito, de alterar os valores profundamente enraizados, a fim de provocar a mudança de atitudes nas vias, é um grande desafio.
            Em relação à campanha: Pedestre. "Pare, pense, mude", consideramos importante destacar a interrogação do sujeito 19: “Como educar os novos se os mais experientes, "idosos", não dão exemplo?” (Sujeito 19). Entende-se que os mais velhos, por possuir mais experiência, devem servir de exemplo aos mais novos. Quando isso não acontece, como demonstrou a senhora idosa, personagem da campanha, parece que estamos enfrentado um problema sem solução, ou seja, temos a impressão de que os mais jovens estão condenados a serem também imprudentes no trânsito.
Por outro lado, é importante ressaltar que alguns sujeitos da pesquisa indicaram soluções para a falta de harmonia no trânsito. Destacamos, assim, as seguintes falas:

“Que não adianta reclamar sobre mudanças se não mudar seus próprios hábitos.”(Sujeito 14).

“Que bom seria se motoristas e pedestres tivessem educação, respeito, consciência e vontade para mudarmos o trânsito e diminuirmos os números de acidentes.” (Sujeito 16).

Podemos perceber que eles realçaram a importância da mudança de atitudes individuais para transformar o trânsito e que essa mudança deve partir dos motoristas e dos pedestres. Tal mudança refere-se a um compromisso motivado pelo amor à vida e ao próximo. São atitudes pessoais que envolvem a alteração de valores profundamente enraizados. São condutas com propósito coletivo, em prol do bem comum, em prol das relações humanas na cidade e em prol da cidade. É a construção da cidade a partir das relações humanas, idealizada por Hillman (1993), ou seja, uma cidade composta por pessoas que se encontram e que com amor fazem-na desenvolver.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito. 2011. Disponível em:http://www.denatran.gov.br/ultimas/20110630_decada.htm. Acesso em: 25 jan. 2013.

______. Departamento Nacional de Trânsito / Ministério das Cidades. Parada: Pacto Nacional pela Redução de Acidentes / campanhas. Pedestre. "Pare, pense, mude"
2012b. Disponível em: http://www.paradapelavida.com.br/campanhas/pare-pense-mude-junho-de-2011/. Acesso em: 27 fev. 2013.

______.  Departamento Nacional de Trânsito / Ministério das Cidades. Resolução 314. 2009. Disponível em:http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_314_09.pdf. Acesso em: 31 mar. 2013.

DUARTE JR., João Francisco. O sentido dos sentidos. Curitiba: Criar, 2001.

HILLMAN, James. Cidade & alma. São Paulo: Studio Nobel, 1993.

PINTO, Paulo Fernando de Ascenção. Avaliação da compatibilidade entre a mídia televisiva e as campanhas educativas para o trânsito. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília, 2002.

SCHILLER, Friedrich. A educação estética do homem. 3. ed. Trad. Roberto Schwarz e Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1995.

WOLD, Glória. Enfermagem gerontológica. Tradução: Ana Helena Pereira Correa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Irene Rios
Mestra em Educação, com a pesquisa: CAMPANHAS EDUCATIVAS PARA O TRÂNSITO: a percepção sensível de jovens e adultos; Especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Graduada em Letras Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa; Consultora e co-autora do projeto “Gincana Cultural de Trânsito”, vencedor do XII Prêmio Denatran de Educação no Trânsito - 2012 - na categoria "Educação no Trânsito - Projetos e Programas"; Presidente da Câmara Catarinense do Livro; Professora universitária de disciplinas na área de Educação para o Trânsito; Autora de artigos e livros sobre Educação para o Trânsito.

26 de junho de 2014

Pedestres

Andar é ecologicamente correto, faz bem a saúde, desafoga o trânsito é um meio de locomoção entre os diferentes meios de transporte. Mas, nas ruas, não é só o motorista  que precisa estar atento para evitar acidentes. Pedestres também precisam caminhar com atenção, para que não sejam vítimas de atropelamentos. Lembrando que todo motorista também é pedestre.
Dados da Seguradora Líder DPVAT, apontam que os pedestres ficaram em segundo lugar do total de indenizações pagas entre janeiro e março deste ano, representando 32.285. Cerca de 31% dos pagamentos para acidentes fatais  e de 20% para aqueles com invalidez permanente, foram destinados a esse tipo de vítima.
Além dos princípios básicos para a segurança do pedestre como observar o tráfego e olhar atentamente em todas as direções ao atravessar a rua, há outros cuidados que ajudarão a fazer do trânsito de quem caminha pelas ruas cada vez mais seguro.
Fonte: http://www.onsv.org.br/ver/pedestres-454 - Acesso em 26/06/2014

Ciclista é mais feliz que motorista de carro, diz pesquisa

Ciclistas em Munique
Relax: depois dos ciclistas, os passageiros de carro são o segundo tipo de viajante mais feliz

São Paulo – À extensa lista de benefícios que o ciclismo gera para as cidades, adicione mais um: a felicidade. É o que aponta um novo estudo que avaliou como o transporte escolhido afeta o nosso humor e bem estar.
Pessoas que usam a bicicleta nos seus deslocamentos diários são geralmente mais felizes do que aqueles que dirigem carro ou utilizam transporte de massa, mostra a pesquisa “Mood and mode: does how we travel affect how we feel?”.
O estudo oferece insights sobre formas de melhorar os serviços de transporte existentes, priorizando investimentos em áreas que tragam mais resultados positivos.
“Nossos resultados sugerem que o uso da bicicleta pode ter benefícios além daqueles associados à saúde e mobilidade normalmente citados”, dizem os autores.
“Valorizar a experiência emocional no trânsito pode ser tão importante quanto melhorar os recursos de serviços tradicionais, como rodovias e tempo de viagem”, acrescentam.
Depois dos ciclistas, os passageiros de carro são o segundo tipo de viajante mais feliz. Os condutores de automóveis ficaram em terceiro lugar.
Por último, aparecem os pilotos e passageiros de ônibus e trem, considerados os mais infelizes.
O baixo entusiasmo nestes casos, diz a pesquisa, tem a ver com o trajeto mais longo ou menos confortável e, principalmente, com os congestionamentos.
Fonte:

Ver e ser visto torna o trânsito mais seguro

Regra vale para todos, sejam motoristas, motociclistas, ciclistas ou pedestres.

Assessoria de Imprensa Perkons
Mariana Simino

Acidentes de trânsito podem ser provocados pela falta de visibilidade do motorista. O que mostra que trafegar em segurança depende muito da capacidade do condutor ver o que está à sua volta e também de ser visto pelos demais.

O retrovisor central deve ser ajustado para visualizar o máximo possível do vidro traseiro e os retrovisores laterais posicionados de forma que seja visto o mínimo possível da lateral do veículo.
Crédito: Schutterstock
A visão é responsável por 90% das informações necessárias para uma direção segura, de acordo com publicação do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), e diversos fatores podem interferir na visibilidade do condutor, como luminosidade, cores, condições climáticas, horário, tipo de veículo, películas ou adesivos nos vidros e objetos que tapem o vidro traseiro. Segundo o diretor da Perkons, empresa especializada em gestão de trânsito, Luiz Gustavo Campos, no caso da luz, por exemplo, tanto a intensidade quanto a variação podem afetar a capacidade de ver. “Vias bem iluminadas e veículos com o sistema de iluminação em perfeitas condições trazem mais visibilidade e segurança ao motorista”, observa Campos.

Ao realizar uma manobra ou a mudança de faixa, é possível que o condutor se surpreenda com o aparecimento de outro veículo que, até então, não estava em seu campo de visão, o chamado ponto cego. De acordo com o especialista do Cesvi Brasil, Emerson Farias, todos os veículos possuem áreas que dificultam a visibilidade, mesmo através dos espelhos.

Os automóveis possuem quatro zonas de pontos cegos: frontal, traseira e as laterais, que podem ser causadas por colunas de sustentação do teto; encostos de cabeça traseiros; luz de freios junto ao vidro traseiro; limpadores dos vidros traseiros; aerofólio; objetos colocados no tampão traseiro; e adesivos colados no vidro traseiro.

A recomendação do especialista para melhorar a visibilidade é realizar as regulagens dos espelhos retrovisores - tanto do central, como dos laterais - para reduzir ao máximo os pontos cegos do veículo. “É indicado que o retrovisor central permita visualizar o máximo possível do vidro traseiro e que os retrovisores laterais estejam posicionados de forma que seja vista o mínimo possível da lateral do veículo”, explica Farias.

Os cuidados também devem ser tomados com as luzes de indicações. A utilização do pisca alerta, por exemplo, deve acontecer somente quando o veículo estiver parado. Em caso de neblina, é necessário reduzir a velocidade, acender a luz baixa e o farol de neblina. Utilizar-se do farol alto apenas em situações com pouca iluminação e quando não há outros veículos transitando no local, já que pode reduzir a visibilidade do condutor de outro automóvel.

Compare o índice de visibilidade
de alguns modelos
O Cesvi Brasil elaborou um ranking que avalia e compara a visibilidade que os veículos proporcionam ao motorista. Esse estudo é chamado de índice de visibilidade e está disponível para consulta no site do CESVI.
Os motociclistas devem ter cuidados especiais. As motos são pequenas e seus condutores têm o hábito de circular entre as faixas e bem próximas aos veículos, com isso se escondem nos pontos cegos. “É imprescindível que os motoristas olhem antes de mudar de faixa e os motociclistas devem circular afastados dos veículos”, alerta o diretor da Perkons. Já os caminhões e ônibus têm amplas áreas de pontos cegos, devido às grandes dimensões. Os outros veículos devem evitar circular muito próximos a eles, especialmente na lateral direita. A dica de Campos é: se você enxergar o rosto do caminhoneiro ao olhar no retrovisor do caminhão, significa que se você o vê bem, ele também te vê.

Objetos refletores são alternativas para ciclistas e pedestres

Pedestres e ciclistas são mais frágeis e difíceis de serem visualizados, especialmente durante a noite. O uso de objetos refletores na bicicleta ou na roupa ajuda a melhorar a visibilidade. Sinalizar as intenções também é importante para manter a segurança do ciclista. Já aos pedestres é indicado evitar cruzar as ruas em locais que dificultem a sua visualização, como atrás de árvores, postes ou outros veículos.

O corretor de seguros Guilherme Schneider Gleich utiliza capacete, luvas e lanternas na bicicleta
Crédito: Karina Trzeciak
Alguns países europeus, os Estados Unidos e o Canadá recomendam e/ou exigem que os pedestres que trafegam à noite usem refletores na roupa. Na cidade Calgary, em Alberta, no Canadá, há a  campanha "Look out for each other" (“Estejam atentos uns aos outros”) com o objetivo de mostrar a importância de ser visto com antecedência.

O corretor de seguros Guilherme Schneider Gleich, é ciclista há 16 anos e sempre teve preocupação com a segurança. Quando criança, ele viajava com seus pais, quase todo fim de semana, para conhecer o litoral sul do país de bicicleta. Na época, os equipamentos eram bem mais caros e apenas ciclistas profissionais tinham o costume de usá-los. “Adaptávamos equipamentos de motocicleta, como o retrovisor, pois os disponíveis nas lojas eram pequenos e não proporcionavam uma visibilidade adequada. Parecíamos ‘ETs’ usando capacetes, luvas e lanternas nas bicicletas”, recorda.

Hoje, a bicicleta do corretor é equipada com diversos tipos de luzes. Além disso, ele usa roupas coloridas e capacetes com refletores nos passeios. “Minha bike parece um carro alegórico de carnaval. Tenho o costume de manter ligadas as luzes durante dias ensolarados também, pois dá a garantia de ser visto no trânsito e, assim, tornar o trajeto mais seguro”, afirma.

Para bicicletas, o inciso VI artigo 105 do CTB exige espelho retrovisor do lado esquerdo, campainha e sinalização noturna composta de retrorrefletores.

Fonte:  http://www.perkons.com.br/noticia/1526/ver-e-ser-visto-torna-o-transito-mais-seguro - Acesso em 17/06/2014

14 de maio de 2014

INFORME - Campanha Maio Amarelo - Guarda Municipal de São José



Comandante da Guarda Municipal de São JoséMarcelo Muller, concede entrevista a TV Câmara de São José, sobre a ações relacionadas ao Movimento Maio Amarelo.

Guarda Municipal de São José inicia programação da Campanha Maio Amarelo

Foi realizada abordagem aos pedestres na Beira-Mar e também com os servidores da Prefeitura Municipal
Os guardas municipais distribuem o laço, símbolo da campanha Maio Amarelo, e falam sobre os cuidados no trânsito
Os guardas municipais distribuem o laço, símbolo da campanha Maio Amarelo, e falam sobre os cuidados no trânsito
A Guarda Municipal de São José realizou, na manhã desta segunda-feira (05), uma ação da Campanha Maio Amarelo, que ter como objetivo incentivar a conscientização e reduzir o número de mortes no trânsito.
A mobilização foi realizada na Avenida Beira-Mar de São José, com abordagem aos pedestres para falar da importância da educação no trânsito e distribuir o laço amarelo, símbolo da campanha.
Jofer Fernandes foi abordado pela equipe da Guarda e disse que acha muito importante essa atitude de conscientização. “Isso deveria ser feito sempre, não só no mês de maio. O trânsito só será resolvido pela sociedade, e sabemos que o ser humano é difícil, por isso é importante gerar esta cultura de conscientização da sociedade para diminuir o número de mortes no Brasil”, assinalou.
Loisberto José Barbosa também foi abordado e elogiou a iniciativa, afirmando que hoje em dia existem muitas pessoas irresponsáveis, muita intolerância e as pessoas acabam saindo de casa com medo.
A secretária de Educação, Méri Hang, destaca que a campanha também é feita nas escolas para a formação de uma nova geração mais consciente
A secretária de Educação, Méri Hang, destaca que a campanha também é feita nas escolas para a formação de uma nova geração mais consciente
A ação também foi realizada na Prefeitura Municipal de São José. A equipe da Guarda Municipal passou nas secretarias destacando a conscientização e os cuidados no trânsito. Para a professora Ângela Gonçalves, do Setor Pense Educação, a ação é muito positiva, pois está sendo feita de uma maneira informal. “Esta é uma maneira bacana de conscientizar e prevenir”, avalia.
Para a secretária de Educação, Méri Hang, a ação da Guarda Municipal é de fundamental importância, não só na divulgação para os servidores, mas para toda a população. “É muito importante que tenhamos um trânsito tranquilo e seguro. Somos parceiros em diversas ações nas escolas, pois entendemos que uma criança bem conscientizada, será também um adulto bem conscientizado”, afirma a secretária.
Além das crianças, os pais também são alvo da campanha. Nesta quinta-feira (8), por exemplo, será realizada uma palestra no CEI Zenir Kretzer Borges, na Colônia Santana, a partir das 19h, com enfoque na educação e conscientização no trânsito.
Segundo o comandante da Guarda Municipal de São José, Marcelo Muller, no Brasil, 150 pessoas morrem por dia nas vias públicas, sendo que o município de São José está em 43° no ranking do Denatran de mortes no trânsito.
“A BR 101, que corta o município de São José, potencializa este número de mortes, mas a campanha é muito importante para chamar atenção para o que acontece atualmente e também para conscientização das pessoas para a educação no trânsito”, explica o comandante.
O Movimento Maio Amarelo tem a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. “Se conseguirmos salvar uma vida com a conscientização da campanha, para nós já será gratificante”, afirma Muller.
Confira a programação do Maio Amarelo
05/05 – Doação de sangue para vítimas de acidentes de trânsito, Hemosc, a partir das 14h
12/05 – Comando Educativo, Avenida Lédio João Martins, no Kobrasol, das 10h às 15h
19/05 – Mini Pista de Trânsito, Colégio Maria Luiza de Melo, Kobrasol, das 8h às 14h
27/05 – Palestra “Trânsito como tema transversal”, com Irene Rios, no auditório da Secretaria de Educação, PMSJ, às 14h
29/05 – Palestra “Segurança no Trânsito qual o meu papel?”, com Irene Rios, no auditório da Secretaria de Educação, PMSJ, às 14h
Fotos: Glaicon Covre – Secom/PMSJ
Fonte: