10 de maio de 2011

1ª Tarefa da Gincana Cultural de Trânsito de São José

Crônica de Trânsito

CRÔNICAS

As crônicas geralmente são textos curtos e narrados em primeira pessoa, textos onde o autor interage com o leitor. Muitas vezes, uma simples descrição de um acontecimento do cotidiano, porém engraçado que provoca reflexão leve, embora consistente, sobre a vida. Em uma crônica se diz muito em pouquíssimo espaço.

São textos que dispensam intérpretes, analistas e tudo mais. As crônicas Geralmente, apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o porta-voz daquele que lê. Tudo mundo está apto a entender crônica. É o gênero mais adequado para estes tempos de velocidade, de aceleração, de pressa. Um gênero perfeito para se falar das pequenas inquietações e das grandes angústias, dos amores e dos dramas, da inversão de valores e dos absurdos no trânsito. Pode ser o texto do entretenimento, da emoção, da sugestão, da provocação, da poesia e das imagens.


Conheça uma crônica de Trânsito


De quem é o Espaço Público?

O prefeito de uma cidade metropolitana resolveu fazer melhorias no espaço público de seu município. Porém, antes de fazer o projeto, resolveu ouvir a opinião da população. Colocou, no centro da cidade, um microfone à disposição dos munícipes com a seguinte indagação: “O que precisa mudar para melhorar este espaço?”. Todos os depoimentos seriam gravados para posterior análise.

Curiosa, fiquei observando as pessoas darem sugestões. O primeiro a opinar foi o Mateus, promotor de vendas. Em virtude de seu trabalho, usa o espaço público preferencialmente para circular de automóvel, visitando seus clientes.

- Senhor Prefeito, o que precisa melhorar aqui no Centro são as faixas de tráfego. Estou cansado de engarrafamento. São necessárias mais faixas para facilitar a mobilidade. É necessário também aumentar a quantidade de vagas de estacionamento. Chego a perder mais de 15 minutos procurando uma vaga. Assim fica difícil trabalhar. Sugiro que os leitos sejam mais largos. Para isto basta estreitar as calçadas e os canteiros centrais. Ouvi dizer que estavam querendo determinar faixas exclusivas para ônibus. Isso é um absurdo. Por que eles não podem pegar fila igual a gente?

O próximo a falar foi o Seu Juvenal, usuário de ônibus.

- Seu prefeito, para melhorar esse lugar tem que tirar os estacionamentos perto do meio-fio. Nós não usamos. É preciso também alargar mais os leitos e os passeios, para não dar confusão entre nós que estamos esperando o ônibus e as pessoas que estão caminhando. Acho bom ter faixas só para os ônibus. Assim, a gente, que às vezes tem que ficar em pé dentro do veículo, não pega engarrafamento.

Regina estava fazendo sua caminhada diária, quando viu o apelo do prefeito e resolveu parar para colaborar.

- Bem, na minha opinião, os passeios têm que ser mais largos. Dessa forma, a gente pode caminhar sem aglomerações, com conforto e segurança. Em compensação, os leitos não precisam ser muito largos, para que a gente possa atravessar as ruas com segurança. Já os canteiros centrais nas vias devem ter maior largura, para podermos usar como refúgio, quando não dá tempo de atravessar toda a via.

Outro depoimento foi o da Dona Rita, uma comerciante que tem loja no Centro.

- O que eu quero, Senhor Prefeito, é que a acessibilidade das pessoas ao meu estabelecimento seja a melhor possível. Não importa se eles vêm a pé, de automóvel ou de ônibus. Gostaria que, para facilitar a carga e descarga de mercadorias, existissem leitos largos, com estacionamento e calçadas largas.

Foi o último depoimento que presenciei. Sentindo-me confusa, saí do local com a nítida convicção de que o Prefeito estava em apuros. Como agradaria a todos e resolveria os problemas do espaço público em seu município?

SILVA, Irene Rios da. Quem? Eu? Eu Não! E outras crônicas de trânsito. Ilha Mágica Editora, Florianópolis. Página 11.


DICAS

  • É importante que cada membro da equipe desenvolva uma crônica.
  • Solicite ajuda do(a) professor(a) de Língua Portuguesa para escolher a crônica que será enviada para à comissão julgadora.

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